segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Dica de Leitura: Sorria, você está sendo iluminado!

Título: Sorria, você está sendo iluminado!
Autor: Felipe Guga
Páginas: 96
Ano: 2015
Editora: Galera Record

Um convite ao leitor para visões de mundo mais profundas, ideias jovens e novas atitudes.
Como descreveu o jornal O Globo, “foi um coração partido, esse amargo combustível, que empurrou Felipe Guga em direção a uma série de desenhos que fazem sucesso on-line” – já são quase 100 mil seguidores no Instagram.
De Osho a Gandhi, de Jesus a Neil Young. O trabalho do artista se inspira em aforismos diversos, e as frases motivacionais se misturam a desenhos modernos e contestadores para espalhar luz, amor e gratidão.
Guga traz consigo o dom de acender a esperança nos corações dos que o seguem, mas também sabe adotar um tom provocador, daquele que nos tira da zona de conforto do dia a dia e faz pensar. Sua arte, exposta ao público, vai além do contemplativo.
Um ótimo presente, para os queridos ou para si mesmo, este é um daqueles livros que provoca emoções e faz refletir sobre o poder da fé. Que traduz sentimentos em cores e nos faz sorrir, quando confrontados à iluminação da arte.

Felipe Guga conseguiu reunir várias frases prontas a suas ilustrações. Neste livro, tudo gira em torno da luz, seja ela física ou espiritual. Este não é um livro religioso, é um livro que busca te trazer paz através de reflexões bem simples.


Este é um livro que fala de amor, casamentos, relacionamentos a dois, amizade e tudo o que a relação humana pode proporcionar. Seja carinho, ódio, ou desinteresse.


Fala sobre as dificuldades que temos em lidar com pessoas diferentes da gente, e de como relações assim podem agregar conhecimento. Além de tentar nos ensinar a sermos pessoas melhores para nós mesmos.


Há também vários trechos de músicas, além de referências a ela. É possível se sentir em casa com um pouco de familiaridade.


Um órgão que aparece frequentemente neste livro é o coração. Há várias ilustrações dele, e uma das que mais gostei.


Este é um ótimo livro para se presentar ou presentear um ente querido. Pense nisso!


E aí, o que você achou? Ficou com vontade de ter este livro em mãos? Deixe um comentário!

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Resenha: Sozinhos no Escuro - Jessé Diniz

Título: Sozinhos no Escuro
Autor: Jessé Diniz
Páginas: 216
Ano: 2014
Editora: Selo Jovem

Literatura Brasileira, aventura, ficção.
Jason está prestes a completar dezoito anos e, como muitos meninos de sua idade, não é o mais popular do colégio. Na maior parte do seu tempo fica sozinho, ou então, com seus três únicos amigos. Essa amizade será ainda mais fortalecida quando eles descobrirem responsáveis em impedir uma guerra que poderia acabar com a raça humana, transformando o mundo em que vivemos num lugar sombrio, cheio de trevas. O pior de tudo? Eles já começaram em desvantagem.


Prestes a completar dezoito anos, Jason se vê em uma situação crítica. Ao sair para ir ao colégio, percebe que não há ninguém em casa, e o mais estranho, não há ninguém na rua e na vizinhança além do gélido vento. O que terá acontecido? 

Antes que os quatro amigos pudessem entender o que estava acontecendo, eles são abordados pelo Arcanjo Gabriel, em pessoa. O que esse ser teria para falar com quatro adolescentes que mal sabem se defender? Isso mesmo, que eles foram escolhidos para combater um apocalipse zumbi! Nomeados os quatro anjos do apocalipse, eles terão a missão de impedir que o mal se instale definitivamente na terra!
Assim como acredito em Céu, também acredito em inferno. Assim como acredito em Deus, também acredito em Lúcifer. Assim como acredito em anjos e arcanjos, também acredito em seres infernais. Agora, passei a acreditar em zumbis. E o pior de tudo é saber que é minha a missão de transformar os não-mortos em mortos de verdade. Eu sou Jason Phoenix. Sou um Anjo do Apocalipse.

Em busca de completar essa missão, Jason, Jessica, Zack e Belle, se meterão em muita confusão. Além de matar vários zumbis durante essa aventura, terão também que armar um plano para derrotar o líder do mal. Embora os mocinhos estarem enrascados, também os vilões estão. Em Sozinhos no Escuro, poucas coisas dão certo, sejam para os mocinhos como para os vilões. 

Este é um livro juvenil, portanto as cenas foram escritas de forma a que não cause espanto naqueles que o leem, mesmo que sejam mais novos. Sozinhos no Escuro nos ensina a enfrentar nossos medos e a fazer o que for preciso para salvar um amigo. Isso nos faz lembrar um pouco de Percy Jackson.


No meio de toda essa agrura, os personagens conseguiram se manter juntos, brincavam ao longo das batalhas e não se deixavam abater por tudo que estava acontecendo. Há ainda uma história de amor inesperada entre uma luta e outra. 

Os capítulos não são tão longos e a diagramação está excelente. A narrativa em si foi boa, embora o autor tenha dado prioridades duvidosas para alguns detalhes e deixado coisas que poderiam ter sido importantes de fora. Ele focou muito na vestimenta dos personagens, mas esqueceu-se de dizer como eles estavam se sentindo durante todo aquele perigo. Algumas crises foram citadas, mas nada sobre a personalidade dos personagens, que vamos ter de descobrir a medida que eles interagem uns com os outros. 


Jessé Diniz nasceu em Osasco no dia 20 de outubro de 1994, atualmente reside em Lins/SP, com seus pais e seu irmão caçula. Estudante de bacharelado em sistemas de informação, interessou-se por livros logo que aprendeu a ler, aos seis anos. Sempre se destacou em redações e textos escolares e, aos dezesseis anos, decidiu criar suas próprias histórias. Sozinhos no escuro é seu romance de estreia.

E então, se interessou pelo livro? Deixe seu comentário!

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Resenha: Terra Amaldiçoada - Douglas Lobo

Título: Terra Amaldiçoada
Autor: Douglas Lobo
Páginas: 165
Ano: 2015
Produção Independente
Nacional

Demitido de seu emprego em São Paulo, Fabrício Machado retorna a sua terra natal, no interior do Piauí. Ali, espera reavaliar sua vida para decidir o rumo a seguir. Logo porém ele descobre que o ambiente rural arcaico onde cresceu está em extinção. O progresso chegou, ameaçando sua fazenda, sua família e todo um modo de vida. Quando uma série de assassinatos começa a ocorrer, Fabrício desconfia que uma presença maligna assombra sua terra. Uma força aterrorizante que não cessará de matar até que se vingue do mundo que a criou.

Terra Amaldiçoada é um livro nacional de suspense. Ao chegar na sua antiga casa, numa fazenda no interior do Piauí, Fabrício passa a perceber estranhos acontecimentos. Desde mortes de animais de uma forma nunca antes vista, a assassinatos suspeitos de pessoas conhecidas. 

Fabrício já não gostava daquele lugar antes, ele não nasceu para cuidar da terra, e embora seu irmão diga a ele que ele deva isso ao pai dele, ele não pensa desta forma. Com os estranhos acontecimentos e sua mãe doente, Fabrício tem de ficar para proteger sua família e descobrir o que está acontecendo. 
Quantas pessoas ainda viviam assim, colocando algo abstrato como a tradição acima de seus interesses? Onde ficava a vontade do indivíduo, que deveria ser o mais importante? 

Há um conflito interior pelo protagonista, ele não consegue decidir se deve ficar com seus conhecidos, por mais que não goste do local, ou voltar para uma metrópole em que é apenas mais um. Deve ele abdicar do que quer, para fazer o que é certo? 
Quando criança, os adultos davam a ele a impressão de terem controle sobre suas vidas. Adulto ele próprio, aprendeu que a maioria não tem. Vivem um dia depois do outro, sem um plano, sem ambições, reagindo mais do que agindo. Constroem suas vidas em resposta às situações: empregos, casamento, filhos, dívidas, demissões.
Acabamos por entrar neste conflito, nos parece tão simples a primeira vez em que nos é colocado as opções, mas depois que passamos a conhecer as reais circunstâncias, também ficamos em dúvida.


Terra Amaldiçoada é muito bem escrito e nos fazem querer mais. É uma  trama muito bem amarrada. A escrita nos prende e o leitor não consegue parar de ler. Nada é dito sem precisão, e os detalhes nos deixa curiosos para saber o que se segue. 
Quando criança, ele não notava isso, mas agora percebeu: poder, dinheiro e status eram o que motivava aquela elite agrária. Do mesmo modo que os clientes com os quais lidava na agência. E tinha que reconhecer: aqueles homens sabiam o que queriam. e ele?
Eu senti medo com este livro. A cada nova frase eu me segurava na cadeira e esperava pelo pior, mesmo torcendo para que os personagens se salvassem. Enquanto eu tentava entender o porquê de tudo estar acontecendo juntamente com os personagens, eu buscava compreender também o sentimento dos personagens naquela loucura toda. 
Ele tendia a rejeitar o sobrenatural por princípio. Mas desde que chegara ali, o incidente na antiga área indígena ocupava sua mente. E ele o via agora com riqueza de detalhes, como se o ambiente físico o tivesse reavivado em sua memória. Ele via aquele dia como se tivesse acabado de ocorrer...

Cada personagem tem uma forma característica de falar e pensar, isso fez com que fosse possível dar voz a cada um deles. As falas não eram sinalizadas com travessões, e sim com aspas, o que nos pedia atenção ao ler para não se perder.
Trabalho duro? Marcando gado com ferro? Usando queimadas pra criar áreas de plantação? Vocês não trabalham a terra; são parasitas dela.
A diagramação é ótima, embora as letras sejam pequenas. Os capítulos são curtos e bem concentrados. Os detalhes no início de cada capítulo dá um ar de suspense. A única coisa que me desagradou foi o final. Por mais que eu esperasse por algo, o modo como foi revelado não me deixou satisfeita. Não queria que tivesse uma explicação. O fato de ter uma explicação fez com que eu perdesse o interesse. 



Douglas Lobo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Ceara, Douglas Lobo e autor dos romances "Terra Amaldiçoada" (2015) e "O Ultimo Natal de um Homem Rico" (2017). Natural de Valença do Piaui, cresceu em Fortaleza, onde voltou a morar em 2016, depois de dez anos no Rio de Janeiro.

E vocês, o que acharam? Leriam Terra Amaldiçoada? Deixe seu comentário!

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Resenha: Cravos - Julia Wähmann

Título: Cravos
Autora: Julia Wähmann
Páginas: 144
Editora: Record
Ano: 2016

Poemas, poesias, literatura nacional

A experiência da leitura deste livro aproxima-se à de um balé do qual se faz parte como espectador bailarino, deslizando-se da densidade de um encontro incendiário às lágrimas que inundarão os olhos em horas impróprias. Uma voz fala de contatos intermitentes (em palcos e na vida) como quem divide segredos e confessa um atraso. Mas, quando se expressa, reorganiza o tempo e já não há espaços vazios. Mesmo quando as engrenagens do corpo rangem, uma desmedida de afetos inventa o possível no romance impossível. Suspendem-se assim os hiatos entre a mulher de dedos longos que contam notas de dinheiro encharcadas e o homem que enxerga ali uma dança de Pina Bausch – e entre eles e nós.
Julia Wähmann é escritora e colunista do coletivo Ornitorrinco. Formada em designer gráfico, trabalhou na área de moda e no mercado editorial. Cravos é seu livro de estreia na Editora Record.

Não se sabe quem narra. Não nos é dito nomes, idade ou aparência. Sabemos que é uma mulher e que ela gosta de dança, ama uma pessoa não pode ter e sofre com isso. Pode ser que ela não tenha ficado esperando, mas a todos os dias ela pensou nessa pessoa.

Ela se submete a cada situação para passar o mínimo de tempo com ele. Aconchegar seu corpo em seus braços e ver o seu sorriso encantador. Aquele tipo de sorriso que mesmo depois da maior merda feita, conquista qualquer mulher - ou, ela, tão submissa a ele internamente. 


Ela se anula, anula suas vontades, anula sua personalidade e bem estar para favorecer a ele. Ela deixa que ele jogue seu charme para cima dela, mesmo depois de tê-la magoado. É um lance cheio de indas e vindas, ele sempre ia, até que ela resolveu ir, e mesmo assim, ela sentiu como se ele que a deixasse (de novo).

É muito bonito da parte dela persistir nesse amor que ela sente, embora pareça que ele não sinta nada além de paixão. Sinceramente, achei um pouco pedante da parte dela se deixar levar por todo esse caso romantizado. Até metade do livro a odiei por parecer tão frágil diante dele, e o odiei ainda mais por não tratá-la da forma que ele mereceria.


É quase um diário, com textos de como foi seu dia, como é sua torina, e ao longo do dia como ela pensou nele ao ver uma cena boba. É uma garota que gosta de dança e que a experiencia de uma forma única, a cada movimento seu, a cada visão pela janela, a cada observação de alguém na rua. Ela deixa-se levar pela sensação que os bailarinos a causam. 

O nome do livro faz referência a uma peça em alemão. O elefante na capa faz alusão a um filhote que se jogou de um trem ou ponto, não sei ao certo, pode ser invenção minha, ou imaginação da própria personagem.


Cravos é um livro poético, feito por uma mulher que é feita de poesia, que gosta de poesia. Ela se apega aos detalhes e descreve os movimentos do balé tão expressivamente que podemos nos sentir na platéia, ou, se nos permitirmos, na própria dança.

É um livro curto, fácil de ler, melhor que seja de uma vez para não se perder nos acontecimentos que se fazem presentes em apenas uma página, e muitas vezes várias páginas de apenas uma linha. Seu primeiro romance, que a princípio pareceu um livro de poesia e contos.

 

A partir do meio eu gostei mais, embora tenha ficado mais abstrato. Quase sentimos o que a personagem sente nos seus momentos de inspiração. Este é um livro que valha a pena ler, se você perdoar a personagem por sua insistência nesse amor. E você, o que achou? Leria este livro? Deixe um comentário! 


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