segunda-feira, 23 de maio de 2016

Resenha: O Santo Inquérito - Dias Gomes

Título: O Santo Inquérito
Autor: Dias Gomes
Páginas: 126
Editora: Bertrand Brasil
Ano: 2015
Livro cedido em parceria com a editora.
Uma mensagem de bondade, de generosidade, de lealdade e de respeito humano O santo inquérito conta a história de Branca Dias, cristã nova e ingênua, filha de Simão Dias e noiva de Augusto Coutinho, que foi vítima de perseguição após cometer um ato que, aos seus olhos, julgava ser de extrema bondade: salvar de um afogamento o padre da cidade. Esta é uma das grandes peças brasileiras modernas, por suas intenções artísticas e por suas preocupações sociais. Baseando-se num episódio histórico – ou lendário, como o de Branca Dias, vítima da Inquisição que alguns estudiosos veem como uma espécie de Joana D’Arc cabocla –, Dias Gomes afasta, de imediato, as fáceis, espetaculares e vistosas pompas que um escritor romântico traria para o palco. O que lhe importa é o conflito entre a pureza da personagem, a sua boa-fé, a sua sinceridade, e aqueles que deturpam seu comportamento, enxergando-o como uma ameaça à ordem e ao sistema de ideias estabelecidos. • O santo inquérito é outra manifestação do criativo talento do mestre do teatro que é Dias Gomes, de quem o público já conhece as aclamadas peças O Bem-Amado, Campeões do mundo e O pagador de promessas. • Dias Gomes foi um dos mais prestigiados dramaturgos e autores de telenovelas brasileiros do século XX e foi eleito para a Cadeira 21 da Academia Brasileira de Letras em 1991.
Recebidos do mês de Dezembro, clique aqui para ver o post completo.
Recebi da Bertrand, O santo Inquérito do dias Gomes em dezembro, mas só pude lê-lo em março, quem me dera ter conseguido ler antes. Apesar de ser um livro curtinho, é um livro bastante interessante e que nos traz vários ensinamentos e infinitas reflexões. Dias Gomes sempre nos surpreendendo com a sua ceticidade.


O Santo Inquérito se passa na década de 1750, e conta a história de Branca, uma mulher que salva um padre de um afogamento, e para isso ela precisa fazer respiração boca-boca. De inicio o padre agradece, porém depois ele passa a se apaixonar por ela, isso não é dito no livro, mas é dado a entender devido aos diálogos, as atitudes dele, e aos seus pensamentos. E devido a essa paixão que ele sente por ela, ele acaba por condená-la à santa inquisição. 

Ela, apesar de ser mulher naquela época, foi muito bem instruída pelo pai e pelo namorado, ela sabia muito bem de seus direitos e soube interpretar muito bem o que dizia a Bíblia. Então na Santa Inquisição ela pôde se defender de forma coesa e com razão, só que os carrascos não enxergavam isso. Para poder se salvar, o padre insiste em condená-la como culpada.
Branca: Não é uma coisa lógica, uma prova evidente da minha inocência? Mas eles não aceitam as coisas lógicas, as coisas simples e naturais. Eles só aceitam o mistério.
Os diálogos são pertinentes, com argumentos concisos e próximos da realidade daquela época. Os diálogos são atuais, visto que o livro é atemporal. Dias Gomes é um gênio.


Esse livro tem um pequeno equívoco, há uma análise da narrativa logo nas primeiras páginas feita pelo próprio Dias Gomes. Creio que essa análise devia ter sido colocado no final do texto, para que o leitor pudesse perceber a situação por si só. 
Branca luta conta uma impiedosa conspiração, assim como Zé do burro em o Pagador de Promessas.
O leitor é logo introduzido no universo de Dias Gomes e fica sabendo logo de cara quem é Branca, o que foi feito com ela, como a religião afetou a vida dela e das pessoas próximas devido a um pequeno ato de bondade. O autor do livro já lhes dá as respostas daquilo que você deveria interpretar. Então, se você quiser ler esse livro ao seu âmago, pule a primeira parte. Comece direto no iniciar da história, e não na análise dela.


Este é um livro fantástico que vale a pena ser lido. Se você se interessou pelo livro, deixe uma mensagem. O que você achou da resenha? Deixe um comentário!  

sexta-feira, 6 de maio de 2016

Li até a página 100 e ... : 13 Horas - Mitchell Zuckoff



Título: 13 Horas
Autor: Mitchell Zuckoff
Páginas: 350
Ano: 2016
Editora: Bertrand Brasil

O best-seller que deu origem ao filme dirigido por Michael Bay

13 Horas apresenta, pela primeira vez, a história real dos acontecimentos de 11 de setembro de 2012, quando terroristas atacaram o Complexo da Missão Especial do Departamento de Estado dos EUA e o Anexo, base da CIA, em Benghazi, na Líbia.
Uma equipe de seis soldados lutou bravamente para repelir os agressores e proteger os americanos que lá trabalhavam, indo além de suas obrigações e realizando atos extraordinários de coragem e heroísmo para impedir uma tragédia ainda maior. Este é seu relato pessoal do que aconteceu durante as treze horas do infame atentado. Pondo em pratos limpos o ocorrido em uma noite encoberta por mistério e controvérsia, este livro instigante leva os leitores para dentro da história desses heróis que arriscaram sua vida uns pelos outros, por seus compatriotas e por seu país. Escrito por Mitchell Zuckoff, autor best-seller do New York Times, 13 Horas é uma obra atordoante que fará o leitor arregalar os olhos – e, o mais importante, é a verdade. A história sobre o que enfrentaram aqueles homens – e a grandeza do que realizaram – é inesquecível.

Primeira frase da página 100:

Quando a noite caiu, os dois operadores foram de carro para o local em que ficavam os escritórios para examinar e se certificar de que conheciam o lugar aonde levariam Stevenson no dia seguinte.

Do que se trata o livro? 
Conta a história dos homens que deram suas vidas em uma batalha em Benghazi para salvar a base militar da CIA, o serviço secreto dos Estados Unidos na Líbia. Eram homens honrados em sua maioria casados e com uma família que os esperava. Esse livro conta sobre as 13 horas deste ataque, vale a pena ler.


O que está achando até agora?
O livro é muito bem escrito, por enquanto está contando a a vida dos personagens antes de realmente iniciar a trama. Embora eu não consegui empatizar com os personagens ou com a história de vida deles. São apenas fatos, o autor não conseguiu me cativar nessas primeiras páginas. O modo de escrita é detalhista embora só conte o que é necessário para a história em si. Tem muitos nomes, apelidos e pseudônimos e por isso acabei ficando um pouco confusa e cansada. Alguns personagens eu sei que já morreram mesmo sem ter sido dito isso, visto que a linguagem me fez ter essa certeza.
Se fala muito da cidade e o quanto ela está as mínguas, o governo negligente não liga para as pessoas. Isso sim me tocou, o hábito dos moradores de lá e o que eles tiveram que passar, por entre aquelas páginas, eu tive um respeito enorme por aquelas pessoas.
Não chovia em Benghazi de junto a agosto, por isso a poeira do deserto cobria tudo, desde os carros e as lojas até as pessoas na rua.

O que está achando da personagem principal?
No meu ponto de vista, não há um personagem principal. Há uma equipe principal que se comunica com alguns personagens secundários. Todos eles tem hábitos distintos mas um hobbie em comum é jogar Call of Duty, imagine um agente preparado para matar pessoas se preciso for, jogando call of duty. Foi focado muito nas qualidades dos agentes e pouco se falou de seus defeitos, é como se endeusassem eles por terem dado suas vidas de maneiras honrosas, e isso tirou um pouco da realidade do livro. 

Melhor quote até agora:
As relações entre governos são importantes, mas a relação entre pessoas são a verdadeira base da mútua compreensão.
Vai continuar lendo?
Não por agora, creio que num futuro próximo.

Ultima frase da página:
Ele caminhou até o Prédio D, que ficava ao lado, e foi para o quarto que dividia com Jack.

Se você chegou até aqui, indico que leia a resenha escrita da Simeia, do blog Senta aí Leitor. Ela conseguiu colocar em palavras o que ela sentiu ao ler esse livro. Ela captou a real história desse livro com uma simplicidade que vale a pena ler: clique aqui para ler.

Essa foi uma tag criada plo blog Estante Lotada, e você, se interessou pelo livro? Acha que devo dar mais uma chance a este livro?  Deixe um comentário!

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