terça-feira, 26 de abril de 2016

Dica de Livro: Holy Cow - Uma fábula animal

Título: Holy Cow, uma fábula animal
Título original: Holy Cow
Autor: David Duchovny
Tradutor: Renta Pettengill
Páginas: 208
Ano: 2015
Editora: Record
Uma aventura irreverente e itinerante com muita personalidade, e uma heroína quadrúpede que você não vai esquecer tão cedo.
Elsie Bovary é uma vaca muito feliz em sua bovinidade. Até o dia que resolve sair sorrateiramente do pasto e se vê atraída pela casa da fazenda. Através da janela, observa a família do fazendeiro reunida em volta de um Deus Caixa luminoso – e o que o Deus Caixa revela sobre algo chamado “fazenda industrial” deixa Elsie e tudo o que ela sabia sobre seu mundo de pernas para o ar. A única saída? Fugir para um mundo melhor e mais seguro. Assim, um grupo para lá de heterogêneo é formado: Elsie; Shalom, um porco rabugento que acaba de se converter ao judaísmo; e Tom, um peru tranquilão que não sabe voar, mas que com o bico consegue usar um iPhone como ninguém. Munidos de passaportes falsos e disfarçados de seres humanos, eles fogem da fazenda e é aí que a aventura deles alça voo – literalmente.
Elsie é uma narradora marrenta e espirituosa; Tom dá conselhos psiquiátricos com um sotaque alemão um tanto forçado; e Shalom, sem querer, acaba unindo israelenses e palestinos. As criaturas carismáticas de David Duchovny indicam o caminho para um entendimento e uma aceitação mútuos dos quais esse planeta tanto precisa.

Esse livro narra a fabulosa fábula (trocadilho infame), de uma vaca que não consegue se contentar em ruminar apenas grama, e passa seus dias ruminando ideias, questionando tudo a sua volta.
“Mas estou divagando. Isso é muito bovino da minha parte, divagar e digerir. É o que fazemos de melhor”

Em sua busca incessante por conhecimento, a protagonista Elsie Q (nenhum dos animais da fazenda tem sobrenomes, nossa “heroína” tem uma boa razão para ter escolhido esse), tem uma perspectiva única, e as vezes até mesmo cômica de como a humanidade se comporta.


“Há algo no homem que ama um muro, mas oque os construtores de muros e cercas não entendem é que,ao mesmo tempo que mantem alguém fora da cerca, ficam eles mesmos presos dentro da cerca”
Na tentativa de compreender os “rituais” dessa estranha espécie de duas pernas, ela acaba descobrindo o motivo de vários dos seus entes queridos, e conhecidos terem desaparecido da fazenda, incitando em Elsie, um ódio seguido de uma resolução, viajar para a Índia!


Elsie com seu jeto bovino e incisivo de ser, levanta diversos questionamentos sobre nosso modo de vida, e a forma de relacionar, e intencionalmente ,ou não, deixa vários pequenos ensinamentos como:
“Se eu não tivesse idealizado uma Índia, nunca teria ido a lugar algum, nunca teria vivenciado nenhuma aventura. Então acho que não é tão importante assim que os sonhos se realizem, o importante é ter um sonho, algo que nos faça dar o primeiro passo.”
O livro é uma leitura leve, com bastante alívio cômico, além de seguir a onda atual de referências à cultura pop, com um ,não tão leve, toque de interatividade com o leitor. Muito recomendado para quem é como o capitão, e não perde uma referência.


Confiram esse livro, antes que a vaca vá pro brejo, abraços.


Escrito por Marcelo Lemes.

sexta-feira, 8 de abril de 2016

Lançamentos: Grupo Editorial Record

Título: 62 Modelo para amar
O desdobramento do capítulo 62 de O jogo da amarelinha, com novo projeto gráfico
Autor: Júlio Cotázar
Tradução: Glória Rodríguez
Páginas: 256
Editora: Civilização Brasileira
Ano: 2016

Em 62 Modelo para armar, os cronópios têm acesso ao livro imaginado pelo personagem Morelli no capítulo “62” de O jogo da amarelinha. Publicado em 1968, cinco anos depois do seu livro mais famoso, 62 traz experimentações radicais com a linguagem, que deixaram desconcertada a crítica da época. Seguindo a ideia de seu personagem, o autor se lança a um jogo de escrita em que tudo é “como uma inquietação, uma falta de sossego, um desarranjo contínuo”.
O romance O jogo da amarelinharevolucionou a literatura mundial e se tornou referência para a narrativa contemporânea. 

Título: A definição da arte
Grande ensaio sobre arte por um dos mais importantes escritores e pensadores vivos
Autor: Umberto Eco
Tradução: Eliana Aguiar
Páginas: 280
Editora: Record
Ano: 2016

O objeto de estudo deste livro não é simplesmente a arte – a ser definida –, mas o problema filosófico da possibilidade de uma definição da arte, da maneira como se coloca para as estéticas contemporâneas. Umberto Eco aborda a questão de três pontos de vista: a partir de alguns ensaios históricos, que retomam as definições da antiga estética indiana, da estética medieval e de algumas correntes dos últimos dois séculos; por meio de alguns ensaios teóricos, que examinam também as posições dos estudiosos contemporâneos; e mediante a inspeção do território das poéticas de vanguarda, para ver como e até que ponto as instâncias de tais poéticas se inserem nos quadros especulativos organizados pela estética. Estes ensaios mostram o traçado problemático que conduziu o autor à noção de “obra aberta” – já delineada e comentada nestes escritos – e à pesquisa sobre os problemas da comunicação que ocupou em seguida o centro de seus interesses.

Título: A máquina de caminhar
Livro inédito e ilustrado do autor de O filho eterno
Autor: Cristovão Tezza
Nacional
Páginas: 192
Editora: Record
Ano: 2016


Por mais de seis anos, CristovãoTezza assinou uma coluna de crônicas no jornal paranaense Gazeta do Povo, revelando a seus leitores uma nova faceta, a de observador fino e bem-humorado do cotidiano. Segundo livro saído da contribuição desse cronista tardio às páginas do jornal, A máquina de caminhar reúne 64 crônicas, selecionadas por Christian Schwartz e ilustradas por Benett, que comprovam a maestria do autor em extrair do circunstancial e do provisório pequenas pérolas literárias. Completa esta coletânea um saboroso ensaio sobre a crônica, com a marca do humor, em que Tezza faz uma brilhante análise de dois exemplos da pena de nosso maior prosador, Machado de Assis. A partir deles, procura definir as marcas deste gênero brasileiríssimo ao qual se dedicou de maneira quase acidental e de que este livro é uma bela amostra.

Título: Economia no mundo real 
Como as crises econômicas influenciam o cotidiano das pessoas
Autor: Greg Ip
Tradutor: Jorge
Páginas: 256
Editora: Best Business
Ano: 2016

Greg Ipexplica como funciona o sistema econômico americano – e também o mundial –, fazendo uso de uma linguagem acessível para aqueles que não têm conhecimentos profundos de economia. O autor reconhece a influência do mundo globalizado na economia de cada país individualmente, traçando um panorama geral para que o leitor compreenda como as crises ou a inflação que ocorrem em seu país podem gerar consequências em outros lugares. Também ganham destaque a crise financeira e a recessão sofridas pelos Estados Unidos (2007-2009) e as medidas importantes para controlá-las, além dos efeitos dessa crise na Europa, no Japão e em outros países. O leitor brasileiro tem muito a aproveitar sobre os ensinamentos de gestão de crises e as contribuições do autor. 

Título: O Evangelho Segundo a Filosofia
Saiba como a história e a filosofia moldaram a percepção do Evangelho
Autor: Aurélio Schommer
Nacional
Páginas: 208
Editora: Record
Ano: 2016

Em O evangelho segundo a filosofia, Aurélio Schommer analisa como a história e a filosofia moldaram, ao longo dos séculos, a percepção do livro mais lido e influente de todos os tempos.Guia moral? Revelação? Receita de bem viver? Para a filosofia, o Evangelho pode ser tudo isso. Mas, principalmente, é a mensagem do homem mais influente de todos os tempos, o Verbo divino, o sofista crucificado, como definiu o primeiro filósofo grego a mencionar o Cristo. Como dizia Voltaire, se aceitamos o Evangelho como revelação, toda a filosofia se torna inútil. É só seguir Jesus. Muitos, como Pascal, o fizeram, mas seguiram filosofando. Uma abordagem única, capaz de quebrar dogmas e paradigmas seculares.

Título: Toda poesia
Um dos poetas mais importantes e estudados do país em novo projeto gráfico
Autor: Augusto dos Anjos
Nacional
Páginas: 320
Editora: José Olympio
Ano: 2016

A banalidade, o pessimismo, a morte, o escatológico, a ciência e o cotidiano são as principais matérias-primas para Augusto dos Anjos, autor paraibano que desafiou, de forma corajosa e independente da crítica, os formatos, as convenções e as temáticas tradicionalmente associadas à poesia de então. Contemporânea e ao mesmo tempo retrato de uma época, a obra de Augusto mantém-se questionadora e, portanto, necessária. A presente coletânea, cuja organização e prefácio são de Ferreira Gullar, é de enorme importância histórica e literária. Um verdadeiro presente.

Título: Um Passado Sombrio
O inigualável mestre do horror e do suspense retorna com um livro poderoso e aterrorizante que redefine o gênero de maneira única e inesperada
Autor: Peter Straub
Tradução: Marina Slade
Páginas: 392
Editora: Bertrand Brasil

Em 1966, um carismático e astuto guru, de passagem por um campus universitário do Meio-Oeste norte-americano, reúne um restrito grupo de discípulos, entre estudantes de colegial e universitário de fraternidade, num ritual secreto que resulta em um corpo horrivelmente dilacerado, um garoto desaparecido e as almas abaladas de todos os envolvidos.Quarenta anos depois, um escritor de relativo sucesso e amigo de infância da maioria dos garotos que participaram do ritual – além de marido de uma das garotas envolvidas –, sai em busca de informações sobre essa noite aterrorizante, com um projeto de livro em mente. Porém, para consegui-las, precisará não apenas reencontrar antigos colegas com quem perdeu o contato há décadas, mas também incitá-los a reexaminarem os eventos inomináveis que os têm assombrado desde então. Ao revelar as histórias individuais dos membros do grupo, Um Passado Sombrio eletrifica o leitor de maneira arrepiante e imprevisível – e prova que Peter Straub é, indiscutivelmente, um mestre do horror moderno.

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