quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Resenha ~ Helena - Machado de Assis

Olá galerinha, tudo bem? Hoje vou falar sobre um dos clássicos da literatura machadiana, o livro Helena, que foi publicado em 1876. Bora lá?



Essa edição maravilhosa e digníssima de capa dura é dupla, são dois livros em um. Aguardem que no mês que vem tem mais resenhas dos clássicos, e claro que O Alienista não poderia faltar. 
Obs: A imagem foi cedida pela minha amiga Raphaela, a mesma que me deu Eu me chamo Antônio (resenha aqui), e a mesma que me indicou O Corcunda de Notre Dame (falo um pouquinho dele aqui) , por isso que eu amo essa guria! Beijo grande amiga.

Aviso: Contém Spoilers.

O livro começa e termina com a morte. O testamento de Conselheiro Vale é descoberto após sua morte trágica, querido por todos na cidade, homem admirável pertencente à elite. Neste, reconhece uma filha e consta que ela deve morar junto à família, na casa cujo irmão e tia residem. Helena dirige-se para a fazenda, a princípio, a decisão parece precipitada, e D. Úrsula custa a entender as atitudes do irmão, já Estácio a recebe de bom grado.

Estácio já por muito tempo cortejava Eugênia, filha de Dr Camargo, este, embora muito amigo do falecido, foi contrário ao reconhecimento de Helena, já que almejava casar sua filha com o Estácio a fim de por as mãos em sua fortuna, agora menor devido a chega de outra herdeira.

Por se tratar de um livro da fase romântica de Machado, ela é a mulher idealizada. Sua pele é comparada a um pêssego por ser tão macia. Além de encantar a todos, incluindo a relutante D. Úrsula, Helena fisga a atenção de Estácio. Esse é o ápice do livro, em que dois irmãos se vêem apaixonados, porém, há outro problema. Vale cuidou de Helena como se fosse sua filha, e zelou para que fosse bem tratada, porém, seu verdadeiro pai estava mais perto do que eles imaginavam, na mesma fazenda.





A bela mulher entra em conflito ao perceber que jamais poderá ficar com Estácio, mesmo que revele a ele a história, e foi o que aconteceu. Conheceu Mendonça e atou um noivado com ele, e influenciou Estácio a noivar com Eugênia, para manterem separados. Após alguns passeios a cavalo pela fazenda, Helena visitava uma casinha humilde, eis que Estácio resolveu verificar e surpreso, descobriu tratar de Salvador, o verdadeiro pai de Helena.

Estácio decide deixar tudo como está, poderia enfim viver seu amor, porém seria difícil provar para a sociedade que não havia laços biológicos entre eles. Desolada, Helena se arrisca em uma tempestade, e é levada encharcada para cama, onde é tratada. A moça adoecera não somente pela tempestade, mas também pelo amor que vivia dentro dela. Quando Estácio proferiu o último beijo em Helena, ela faleceu.


Dr Camargo beija a filha apenas em três momentos durante o livro, pois apenas a ambição inspira ternura. O primeiro ocorre quando a morte do conselheiro faz Estácio o herdeiro majoritário. O segundo acontece quando Estácio pede Eugenia em casamento, já o terceiro, é quando Helena morre, representando o último obstáculo.

Minhas impressões                                           

Embora seja da fase romântica de Machado, consegui observar traços do realismo (Você pode conferir as características do romantismo aqui, e do realismo aqui). Ele traça o perfil psicológico dos personagens a partir das observações que ele faz. Quando é descoberto o testamento, o Dr Camargo afirma que tal atitude do Conselheiro é imprópria, isso porque ele tem interesse na fortuna. 

Em uma parte do livro, Machado descreve as atitudes de Eugênia, que se mostram fúteis de certa forma. Ela chegou a brigar com uma amiga por esta lhe dizer que um chapéu não tinha ficado bom nela. 

Eu gostei muito desse livro, até chorei no final, super recomendo! Qual dúvida ou sugestão, deixe um comentário, até mais.


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